Passa. Tudo o que muda se vai um dia. Voa. O tempo. Os pássaros. A vida. O que foi já não é mais. Alguns permanecem. Outros vão. Mas ninguém para. E sempre alguém fica.
A vida é engraçada. Ela nos dá a oportunidade para fazermos o que queremos, mas com tempo limitado. Quanto? Não sabemos. Só é garantido que, se temos chance uma vez, devemos aproveitar. Não há certezas de que teremos mais de uma oportunidade. Não sabemos aonde vamos. É preciso aproveitar essa viagem. Ninguém sabe se o trajeto é longo, curto, com buracos ou sem, nem se teremos pausa.
Aparentemente, ingressamos nessa viagem sem saber o porquê. Só sabemos que estamos aqui. Tem gente que vive por mais de cem anos, outros permanecem por, apenas, alguns dias. Quem fica? Se lamenta na partida. A lamentação é algo que sempre há pela parte de alguém. Mas o que podemos fazer sobre isso, se sabemos que um dia acaba? Quem sabe a nossa hora de chegada não somos nós. Não controlamos a nós mesmos. O universo é que decidirá. Só sei que a vida é uma viagem em uma roda gigante.
Você pode ter suas crenças, sua religião, suas conspirações ou até mesmo não acreditar em nada (que mesmo assim é crer em algo). Mas uma coisa precisamos concordar, quando o fim chega nem a ciência mais expert do mundo reverte essa situação. Então, o que devemos fazer? Desistir? Não. Jamais. Devemos acreditar que mesmo que não exista nada depois dessa viagem, há algum propósito em estarmos aqui. Qual? Não sei. Talvez, seja uma meta individual para cada um. Não posso dizer o seu. Nem o meu. Mas posso acreditar e me guiar para encontrar e chegar até um ou mais.
Mesmo sem saber o fim, é melhor que façamos valer a pena. Quando a nossa viagem acabar alguém se lembrará de nós. Alguém se lembrará de você. Alguém se lembrará de mim. Assim como você lembra de alguém. Assim como eu lembro de alguém.
Se estamos aqui vamos aproveitar do início ao fim. Afinal, passa. Tudo o que muda se vai um dia. Voa. O tempo. Os pássaros. A vida. O que foi já não é mais. Alguns permanecem. Outros vão. Mas ninguém para. E sempre alguém fica.